O produtor de Chapada dos Guimarães, Adão José Onésimo, começou no programa ATeG Bovinocultura de Leite da Assistência Técnica e Gerencial do Senar-MT em 2022, com uma produção média diária de 200 litros de leite. Com as metodologias adotadas durante os dois anos de atendimento, no último ciclo produtivo, alcançou a marca de 394 litros diários, registrando um aumento de 97% na produção.
Adão iniciou sua atividade com leite em 2007, sendo o conforto de seus animais sempre uma prioridade. O controle de parasitas era uma de suas maiores dificuldades, causando um custo elevado com medicamentos e impactando negativamente na produção. Há dois anos, começou a receber ajuda da ATeG, com o acompanhamento do técnico de campo credenciado pelo Senar-MT, José Leonel Salustiano.
O técnico explica que, inicialmente, o sistema de produção era semiconfinado, onde os animais recebiam silagem e concentrado no cocho, e tinham acesso a piquetes de gramíneas. Além disso, o produtor criava aves em estruturas de galpão, que ficaram vazias após o encerramento dessa atividade. Com a orientação de José, Adão adaptou essas estruturas e passou a confinar os animais, resultando em uma significativa melhoria no conforto térmico.
“Após avaliar as vantagens da adaptação e do confinamento, optou por construir baias individuais no modelo Free Stall de madeira. Buscando reduzir custos e ter uma estrutura simples e funcional, investiu em piso de concreto para a área de alimentação, sala de espera e ordenha, adquiriu equipamentos de corredor de ordenha no modelo espinha de peixe, além de investir na compra de novilhas com melhor potencial genético para aprimorar o rebanho”, detalhou o técnico de campo.
Atualmente, com uma estrutura que proporciona maior conforto aos animais, já é perceptível a melhoria na sanidade e no escore de condição corporal. Com a adaptação das vacas ao novo sistema, espera-se um aumento de cerca de 30% na produtividade.
Adão está entusiasmado com a atividade e planeja aumentar ainda mais a produção com a introdução da inseminação artificial no manejo reprodutivo do rebanho. Além disso, pretende realizar transferência de embriões para acelerar o melhoramento genético.
“Antes das visitas do técnico de campo, eu já fazia minhas anotações, mas com a ATeG tudo melhorou, pois conseguimos comparar mês a mês e até mesmo ano a ano. Só tenho a dizer que a ATeG veio para somar com o produtor”, declarou Adão.
O presidente do Sindicato Rural de Chapada dos Guimarães, Alex Humberto de Faria, destacou que casos como o de Adão são gratificantes e demonstram o esforço do sindicato em viabilizar assistência aos produtores da região. “É muito importante este trabalho conjunto com o Sistema Famato, Senar-MT e os Sindicatos Rurais, para que mais pessoas possam usufruir dos serviços da ATeG e mudar a vida dos trabalhadores rurais”, completou Alex.
Fonte: Senar-MT
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